Rins, olhos e coração - entenda as complicações do diabetes

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Rins, olhos e coração: entenda as complicações do diabetes 

O diabetes é uma condição crônica caracterizada pelo aumento dos níveis de açúcar (glicose) no sangue. Esse aumento pode acontecer devido a defeitos na secreção ou na ação da insulina. A insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas e sua principal função é favorecer a entrada da glicose nas células para gerar energia. Quando acontece a falta da insulina ou defeito na sua ação, ocorre um aumento no nível de glicose no sangue caracterizando a hiperglicemia.  

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O diabetes é uma condição crônica caracterizada pelo aumento dos níveis de açúcar (glicose) no sangue. Esse aumento pode acontecer devido a defeitos na secreção ou na ação da insulina. A insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas, cuja principal função é favorecer a entrada da glicose nas células para gerar energia. Quando acontece a falta da insulina ou defeito na sua ação, ocorre um aumento no nível de glicose no sangue caracterizando a hiperglicemia. 

 

O diabetes é uma condição progressiva que tem grande impacto na saúde de órgãos vitais do nosso corpo. Quando não é bem controlado, pode gerar diversas complicações, que podem ser evitadas ou retardadas com o tratamento adequado. Entre as complicações causadas pelo diabetes estão as doenças cardiovasculares, hipertensão, insuficiência renal, perda de visão e até amputação de membros. 

Veja algumas das complicações que podem ser causadas pelo diabetes:

Rins

Qualquer pessoa com diabetes corre o risco de desenvolver doença renal. Com a exposição prolongada a altos níveis de açúcar e a combinação de outras condições como a hipertensão, os rins vão perdendo a capacidade de filtrar o sangue e de eliminar os resíduos produzidos pelo organismo, como a ureia e creatinina. 

 

A doença nos rins não apresenta sintomas precoces. Apesar de silenciosa, a progressão da doença renal pode levar à necessidade de diálise ou transplante renal, com grande impacto na qualidade de vida. Para se ter uma ideia, mais de 30% dos pacientes em diálise no Brasil possuem diabetes tipo 2. Por esse motivo, é importante fazer acompanhamento médico regular para que os exames adequados sejam solicitados e a saúde renal vigiada de perto.

Diagnóstico

É feito através dos exames de creatinina no sangue e albumina na urina (uma amostra isolada de urina é suficiente). Esses exames devem ser feitos no mínimo uma vez por ano. Quanto mais precoce a detecção da doença, mais rápido o tratamento é iniciado para que se consiga retardar a sua progressão.     

Tratamento

Atualmente existem alguns medicamentos que compõem o tratamento da doença renal do diabetes. Consulte um médico para saber mais. 

   

 

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Lembre-se que controlar adequadamente o açúcar no sangue (glicemia) é o primeiro passo para tratar essas disfunções: siga corretamente a prescrição do seu médico, tenha uma alimentação saudável e pratique exercícios, com orientação profissional. Apenas profissionais devidamente habilitados podem diagnosticar doenças, indicar tratamentos e receitar medicamentos.  As informações aqui disponíveis possuem apenas caráter educativo.  

Olhos

O Edema Macular Diabético é uma das complicações do diabetes. Essa doença ocorre quando os vasos sanguíneos dos olhos ficam frágeis e vazam ou se rompem, liberando sangue, líquidos e substâncias para as camadas da retina, atingindo a mácula, região responsável pela formação de imagens. 

Quais são os sintomas?

O paciente com Edema Macular Diabético pode não apresentar sintomas no início, sendo muitas vezes diagnosticado apenas no estágio mais avançado. 

Por esse motivo, o acompanhamento periódico é essencial para o diagnóstico precoce. 

Quais os riscos?

O Edema Macular Diabético pode causar danos irreversíveis à visão, levando até mesmo à cegueira. 

Diagnóstico

Os exames realizados para identificar o Edema Macular Diabético são: 

Retinografia

Angiografia

Tomografia de coerência óptica

Mapeamento de retina

EDEMA MACULAR DIABÉTICO

Tratamento

Laser

Medicamentos anti-VEGFs

Corticosteroides

O tratamento pode ser longo e durar vários meses até a estabilização da condição. Durante esse período, é importante seguir o regime recomendado pelo oftalmologista para que ele seja efetivo. 

 
Além do tratamento para o edema macular, é importante manter o controle da glicemia. As consultas regulares ao endocrinologista e ao oftalmologista são as melhores formas de cuidar da visão e prevenir doenças. 

Coração e cérebro

O diabetes altera a capacidade do organismo de processar as gorduras, levando à formação de placas nos vasos sanguíneos, condição conhecida como aterosclerose. Com o entupimento das coronárias, artérias que irrigam o coração, ou das artérias cerebrais, que levam sangue até o cérebro, aumentam bastante as chances de um infarto ou de um acidente vascular cerebral (também conhecido como derrame). 

Diagnóstico

O diagnóstico da aterosclerose é feito por meio de exames laboratoriais que avaliam o perfil lipídico, como, por exemplo, o colesterol. Exames de imagem e teste de esforço (esteira) também podem ser solicitados. 

Tratamento

Tratar adequadamente a hipertensão e o diabetes, ter uma alimentação saudável, parar de fumar, diminuir o sobrepeso e praticar atividade física regular são comportamentos que reduzem o risco para aterosclerose e, seguramente, fazem parte do tratamento dessa doença. Além disso, pode ser necessário utilizar medicamentos. Em todos os casos, o acompanhamento médico é fundamental. 

Dicas para preservar a sua visão e seus rins:

  1. Se você tem diabetes, converse com seu médico sobre como controlar o açúcar no sangue. O alto nível de açúcar danifica os vasos sanguíneos da retina e dos rins. 

  2. Você tem pressão alta, sobrepeso, alta taxa de colesterol? Pergunte ao seu médico sobre maneiras de gerenciar e tratar esses problemas. 

  3. Faça exames oftalmológicos e de função renal anuais. As complicações nesses órgãos podem ser detectadas antes mesmo de você notar qualquer sintoma. 

  4. Se notar alterações na visão em um ou ambos os olhos, consulte um oftalmologista com urgência. 

Referências:

1.O que é Diabetes? Disponível em: <https://www.endocrino.org.br/o-que-e-diabetes>. Acesso em: 5 Out. 2023. 

2. Diabetes Mellitus (Diabetes). Disponível em: <https://www.sbn.org.br/orientacoes-e-tratamentos/doencas-comuns/diabetes-mellitus-diabetes/>. Acesso em: 5 Out. 2023.

3. Diabetes. Disponível em: <https://diabetes.org.br/#diabetes>. Acesso em: 5 Out. 2023.

4. Quais os sintomas do Diabetes? Disponível em: <https://adj.org.br/diabetes/sintomas/>. Acesso em: 5 Out. 2023.

5. Alves, B. / O. / O.-M. Diabetes | Biblioteca Virtual em Saúde Ms. Disponível em: <https://bvsms.saude.gov.br/diabetes/>.

6. Saiba quais são e como evitar as complicações do Diabetes. Disponível em: <https://adj.org.br/diabetes/complicacoes-do-diabetes/>. Acesso em: 5 Out. 2023.

7. Alves, B. / O. / O.-M. Aterosclerose e Arteriosclerose | Biblioteca Virtual Em Saúde Ms. Disponível em: <https://bvsms.saude. gov.br/aterosclerose-e-arteriosclerose/>.

8. Nih-National Eye Institute. Facts About Diabetic Eye Disease. Disponível em: https://nei.nih.gov/health/diabetic/retinopathy; Último acesso em Setembro de 2019.

9. American Academy Of Ophthalmology. Macular Edema Symptoms. Disponível em: https://www.aao.org/eye-health/diseases/macularedema-symptoms; Último acesso em setembro de 2019.

10. Wong Ty, Et Al. Guidelines On Diabetic Eye Care: The International Council Of Ophthalmology Recommendations For Screening, Follow Up, Referral, And Treatment Based On Resource Settings. Ophthalmology. 2018 Oct;125(10):1608-22.

11. Motta, M. M. Dos S.; Coblentz, J.; Melo, L. G. N. De. Aspectos Atuais Na Fisiopatologia Do Edema Macular Diabético. Revista Brasileira De Oftalmologia, V. 67, N. 1, P. 45–49, Fev. 2008.

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Rim e coração: você sabe a relação entre eles?

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Rim e coração: você sabe a relação entre eles?

A dupla de órgãos responsáveis pela filtragem do sangue desempenha papel importante para o bom funcionamento do organismo.

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A dupla de órgãos responsáveis pela filtragem do sangue desempenha papel importante para o bom funcionamento do organismo.

 

Os rins representam uma dupla vital para o bom funcionamento do corpo humano. Constantemente, eles fazem uma “faxina” no organismo, resultante do processo de filtragem do sangue. Enquanto o coração é a “bomba” que leva sangue para todas as áreas do corpo, os rins são os responsáveis por sua limpeza.

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Funcionamento dos rins

Os rins removem resíduos presentes no sangue, auxiliando no controle da pressão arterial e beneficiando o coração. Por outro lado, os rins são órgãos muito vascularizados e precisam que o sangue circule adequadamente para funcionar. Rins e coração trabalham sempre em parceria, desempenhando funções que se complementam. Por essa razão, doenças cardiovasculares3 podem promover o desenvolvimento de patologias renais e vice-versa.

 

De acordo com a nefrologista Shirley Damasceno, da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, muitas vezes, o paciente renal crônico também tem alterações cardíacas. É importante buscar atendimento médico de forma rotineira, para que um órgão não afete o funcionamento do outro. “A primeira coisa com relação ao paciente renal é o controle da diabetes e da hipertensão. Nos estágios mais elevados das doenças, o tratamento é com a hemodiálise ou a diálise peritoneal”, afirmou em notícia do Ministério da Saúde4.

 

Problemas como a hipertensão arterial, o diabetes e o colesterol alto são fatores de risco para o desenvolvimento tanto de doenças renais quanto de complicações cardíacas. Portanto, pessoas com essas condições de saúde devem redobrar os cuidados, monitorando a saúde renal. Quem cuida dos rins acaba cuidando também do coração. Leia também: Como vai o seu coração? Saiba como reduzir fatores de risco cardíaco!5

Saúde dos rins

Cuidados básicos como beber muita água diariamente, manter uma alimentação7 nutritiva e balanceada, dormir bem e praticar exercícios físicos são recomendações gerais para promover a saúde. Uma rotina com bons hábitos pode evitar que os rins sejam prejudicados por diabetes, hipertensão, cálculos renais, infecções e até mesmo prevenir o desenvolvimento de câncer no órgão.

 

Também é recomendável avaliar o estado dos rins regularmente e buscar a orientação de um nefrologista, já que algumas doenças renais são assintomáticas. O médico pode solicitar exames de urina, sangue, testes de imagens e, em alguns casos, biópsia renal.

 

“É importante que a presença de alguns sinais e sintomas levantem a hipótese da presença de doença renal. São eles: espuma e/ou sangue na urina, inchaço (edema), anemia, hipertensão arterial e aumento do número de micções durante a noite”, afirmou Marcelo Mazza do Nascimento, nefrologista e presidente da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), em notícia do portal UOL8.

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